Projeto do Ensino Médio: Raciocínio? Lógico!

Por: Tatiana Maria de Paula Silva | 9 de novembro de 2015.

O projeto Raciocínio Lógico, orientado pelo professor Miguel Luis Folchetti Filho e desenvolvido para os alunos do Ensino Médio, tem a proposta desafiadora e divertida de falar de matemática sem falar da matemática, da forma convencional. Nos encontros semanais, os alunos pretendem apurar o pensamento lógico, a criatividade e as habilidades mentais que os auxiliarão a pensar de forma mais analítica em diferentes aspectos e situações da vida.

Raciocínio? Lógico!

Estudar lógica seria compreender métodos para desenvolver o raciocínio? A resposta é sim, mas não é só isso. Acompanhando os encontros do projeto, é possível observar o quanto pode ter de humano uma ciência tão exata.
Presenciar a troca de experiências e a construção de conhecimento faz parte da rotina dos encontros desse projeto. A busca pela solução de um problema une pessoas, promove discussão, comunhão, companheirismo e fraternidade. É possível constatar a realidade do chavão “duas cabeças pensam melhor do que uma”, três melhor do que duas, e assim por diante, como uma dízima. Quem acha que a lógica é um exercício solitário precisa participar de uma aula com o professor Miguel.

Em sua maioria, os alunos inscritos no projeto esperam desenvolver o raciocínio. Muitos receberam indicação de colegas que participaram no semestre ou ano anterior, já que o curso é sempre muito bem recomendado e um sucesso desde 2008. Definitivamente, eles alcançam esse objetivo, mas também são instigados a encarar os desafios de forma curiosa, otimista e perseverante.

Em meio aos variados e nem sempre óbvios enigmas colocados pelo professor, é possível perceber que o projeto permite, mesmo dentro da lógica, deixar a criatividade fluir. Como em tudo na vida, nem sempre existe uma só reposta, pois os padrões também sofrem a interferência de inúmeros pontos de vista e, às vezes, a verdade não é a mesma para todos. Pensar em todas as possibilidades e imaginar todas as saídas possíveis são ingredientes fundamentais para resolver os mistérios, ou até mesmo crimes, ao estilo CSI (Crime Scene Investigation), propostos ao longo do curso.

Para a aluna Júlia Abou, cada encontro do projeto acrescentava novos conhecimentos que a auxiliarão durante toda sua vida. “Aprendemos a pensar fora da caixinha. No começo do projeto, o professor Miguel nos mostrou os tipos de inteligência existentes, e isso me fez ficar mais autoconfiante e motivada”, comenta a estudante.

Já para o aluno Guilherme Rodrigues Arashiro, o projeto apresentou uma grande variedade de atividades, pois quase todas as aulas tinham propostas diferentes, divertidas e interessantes, de forma que, segundo o aluno, “as maiores contribuições desse projeto para a minha vida foram treinar minha mente para desafios diferentes e coisas do dia a dia, como a importância de um café da manhã bem feito, por exemplo”.

O aluno Luca Vieira acredita que as aulas contribuíram para a habilidade em trabalhar coletivamente, pois “durante o projeto houve uma grande conexão entre os integrantes, o que despertou alegria durante as aulas. Provavelmente em mim houve uma grande melhoria na forma como penso e trabalho em conjunto com diferentes pessoas.”

Fotos: Tatiana Maria de Paula Silva

Escape 60*

A visita ao Escape 60 levou os alunos a vivenciarem uma programação diferenciada. Lá eles tiveram uma experiência divertida e desafiadora. Recém-aberto na Vila Olímpia, o Escape 60 propõe jogos em salas temáticas, das quais os participantes têm uma hora para sair. Para isso, porém, devem seguir uma série de pistas e desvendar enigmas.

O local perfeitamente ambientado deixa os participantes no clima de investigação e aguça a inteligência. Para nossos alunos, a proposta era encontrar os quadros que foram deixados como herança e roubados por um falsário. Divididos em dois grupos, trocavam ideias para desvendar o grande mistério. Procurando pistas e resolvendo charadas, iam abrindo cadeados, juntando informações e se ajudando para escaparem da sala em 60 minutos.

“Ir ao Escape 60 foi divertido e empolgante. Valeu a pena participar porque, além de ser uma experiência nova, foi uma forma de desenvolver o trabalho em equipe, algo que vamos precisar durante nossa vida”, comenta a aluna Alexandra Antón Mahfoud.

*Escape 60: O Escape Game é uma experiência indoor entre amigos, colegas de trabalho ou familiares, vivenciado em um ambiente de mistério e especialmente desenvolvido para aguçar suas habilidades e sua inteligência. Vocês serão trancados em uma sala e terão uma hora para decifrar códigos, achar itens escondidos, resolver enigmas e conseguir encontrar a saída. Você e sua equipe nunca viram nada igual!
http://www.escape60.com.br

Cubo Mágico

Uma das grandes motivações dos alunos ao se inscreverem no projeto é desenvolver a habilidade e agilidade na resolução do cubo mágico. Esse brinquedo internacionalmente reconhecido é um desafio que impulsiona campeonatos, fóruns e encontros de pessoas empenhadas em descobrir um algoritmo que consiga resolver o cubo no menor número de movimentos possíveis.

“O que mais gostei do projeto foi aprender a resolver o cubo mágico, pois ele é muito interessante e complexo, obriga as pessoas a criarem e decorarem uma série de algoritmos”, explica Jorge Alejandro Andrés Araya Vásquez.

“O Cubo Mágico tem lá suas fórmulas e maneiras de ser solucionado. Para mim, deixou de ser um mistério, mas, passo a passo, pude observar a verdadeira magia quando meus colegas de projeto me ensinavam a passar uma fase ou quando me vi auxiliando uma colega para que ela chegasse no mesmo ponto que eu e, juntas, pudéssemos decifrar a próxima etapa.”

Compreendi que existe uma mágica que vai além de suas cores e fórmulas. Ah, se Ernö Rubik estivesse passando por ali… Será que ele tinha ideia de que seu brinquedo pudesse ser resolvido de formas tão incríveis e que pudesse proporcionar tanta confraternização? São inimagináveis o alcance e interferência de nossas cr