Sharing the world by co-existing
O aprendizado de inglês conectando cidadãos do mundo

Por: Tatiana Maria de Paula Silva | 21 de março de 2016.

Acreditando que a maior motivação para o aprendizado de um idioma é encará-lo como um valioso instrumento de comunicação e expressão, o Departamento de Inglês do Colégio Miguel de Cervantes desenvolve projetos relacionados ao conhecimento de realidades culturais e sociais de jovens em outros países.

Desde 2013, no Sharing the world by co-existing, por meio de vídeos, e-mails e chats, os alunos entraram em contato com estudantes da Turquia, Rússia, Connecticut, Oklahoma e Pensilvânia, compartilhando o cotidiano e a cultura de adolescentes com vivências diferentes, apresentando seu país e conhecendo os demais pelo ponto de vista do interlocutor.

Por meio do projeto, o ensino da língua inglesa ganhou um significado transformador social e cultural por meio do propósito do desenvolvimento da competência linguística como instrumento de percepção das diferenças culturas.

O processo

A comunicação acontece na plataforma ePals Global Community, que oferece um ambiente virtual dinâmico, seguro e colaborativo para alunos e professores. A professora e coordenadora do Departamento de Inglês, Dulce Junqueira Stoll Nogueira, busca no ePals outras escolas no mundo que também estudem a língua inglesa como segundo idioma e que queiram estabelecer essa conexão com objetivos educacionais.

Em sala de aula, os alunos produzem apresentações em power point com fotos e informações sobre o país e a cidade onde moram, compartilhando-as com os estudantes estrangeiros. A partir de então, tiram dúvidas por meio de e-mails e chats, formando uma rede de informação viva e real.

Os resultados

As habilidades desenvolvidas nesse tipo de atividade transcendem os objetivos linguísticos. Durante o processo, os alunos produzem textos de autoria em outro idioma, adquirem a percepção da análise do erro, mas também trabalham de forma autônoma e responsável, tanto na busca como no envio de informações. Também é evidente o aprimoramento do uso dos recursos tecnológicos para o sucesso da comunicação.

“Os alunos esperam pelas respostas de seus correspondentes e, dessa forma, também se comprometem em responder com agilidade aos e-mails que recebem. Essa relação é um exercício de responsabilidade. As descobertas de hábitos e comportamentos de outras culturas também favorecem a empatia e o respeito, acima do domínio do idioma. Assim, eles exercitam valores de cidadania global e, com seus pares, discutem problemas comuns e diferentes sobre suas realidades”, explica Dulce.

Para alunos e alunas, trocar experiência com estudantes de outras regiões é instigante e divertido. Para Oriana Victoria Antón Mahfoud, do 8ºB, foi interessante poder se comunicar em inglês. “Trocamos e-mails e conversamos sobre o dia a dia na escola. Pude contar sobre o meu país de origem, que é a Venezuela, e sobre os lugares que conheço do Brasil. Em relação à Pensilvânia, aprendi algumas coisas, mas o que achei mais legal é que na escola que eles frequentam não é necessário usar uniforme”, comenta. Já o aluno Vítor Salles Ferraz da Silva Ribeiro, também do 8ºB, acredita que a experiência é muito válida e que deve ser repetida em todos os anos. “Foi muito legal interagir e conhecer a cultura de outros lugares e pessoas que não conheceríamos se não fosse dessa maneira”, contou o aluno.