XXV Congresso da Hispanidad
Cobertura Sala de Imprensa do Ensino de Médio

06 de outubro de 2016 
Abertura

Cônsul geral da embaixada da Espanha em São Paulo abre o XXV Congresso da Hispanidad
Cônsul cita a importância da Hispanidad para a difusão da cultura espanhola no mundo ibero-americano

Por: Gabriela Costa Herzog e Valentina Coppola Gomes dos Santos 

Neste primeiro dia do XXV Congresso da Hispanidad 2016, o Colégio Miguel de Cervantes recebeu o cônsul espanhol Ricardo Martínez Vázquez, que fez a abertura do evento. Don Ricardo é graduado em direito e atua na área diplomática há 30 anos, já tendo trabalhado nos cinco continentes e se alocado em São Paulo desde 2013.

Na abertura, o diplomata ressaltou a importância de um evento como a Hispanidad para a integração entre a Espanha e a comunidade ibero-americana. Atualmente, em um mundo pautado por ondas separatistas, Ricardo Martínez destacou a necessidade da união entre os países lusófonos e hisspanofalantes tendo em vista o potencial e a influência que eles podem exercer em um planeta globalizado. Ele frisou a participação da cidade de São Paulo na relação entre o Brasil e a Espanha, uma vez que é a capital cultural e econômica do país.Para Don Ricardo, a Hispanidad é responsável por manter os laços culturais entre Europa e América mesmo 500 anos depois do início de suas relações e intercâmbios de valores.

Ademais, Ricardo caracterizou o Colégio Miguel de Cervantes como uma herança da permanência da coroa espanhola no Brasil, além de estar se tornando o colégio trilíngue de maior nível do país, após a colaboração com o Diploma de International Bachellor (IB). Ele destacou ainda a importância de ser trilíngue no mundo contemporâneo e globalizado para adquirir grande sucesso. Também salientou a dimensão da reforma para a melhora das estruturas do colégio.

Por fim, Don Ricardo Vázquez comentou as relações bilaterais entre Brasil e Espanha. Apesar de sempre terem sido intensas, elas foram e ainda são difíceis e conturbadas, já que os dois países são potências representantes das línguas portuguesa e espanhola. Essa conferência de abertura, portanto, foi a base para o entendimento do tema da Hispanidad deste ano: o caminho de ida e volta entre Espanha e América.


Fotos: Silvio Luiz Canella

Palestra com Carolina de Carvalho Queiróz

A estreita relação comercial entre Brasil e Espanha
Em palestra descontraída, Carolina apontou a intensidade das interações comerciais entre os países

Por: Gisele Pilar De Mula Cury e Max Tadaieski Mitteldorf 

Na palestra, Carolina de Carvalho Queiróz, diretora executiva da Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil, apresentou empresas espanholas com uma forte presença no mercado brasileiro, como Santander, Ibéria, Vivo e Gomes da Costa. As empresas espanholas são grandes investidoras no Brasil, com aproximadamente 4,7 bilhões de dólares no último ano.

Durante a palestra, Carolina contou um pouco de sua trajetória. Nascida em Brasília, sempre sonhou em sair do Brasil e estudar fora. Aos 18 foi para a Espanha, onde estudou direito pela Universidade de Santiago de Compostela. Em 2011, mudou-se para São Paulo com seu marido e filhas e revalidou seu diploma na Universidade de São Paulo.

Através de um processo seletivo entrou, em 2015, na Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil como diretora executiva. A Câmara tem 60 anos de atividade no Brasil e conta com mais de 300 membros, facilitando as relações econômicas entre Brasil e Espanha através de sócios.

07 de outubro de 2016
Encerramento

Irmãos e inimigos: A Guerra Civil Espanhola
A rivalidade espanhola que se tornou uma guerra civil

Por: Alicia Sofia Alfonso Severino e Vitor Guimarães Ferreira | 07 de outubro de 2016

Para a cerimônia de encerramento do XXV Congresso da Hispanidad foram convidados os professores Juan Rivero Corredera também chefe de estudos do Colégio e José Munhoz, chefe do departamento de Cultura Espanhola, para falar sobre a Guerra Civil. Na mesa solene do evento estavam o Consejero de Educación de la Embajada de España en Brasil, Álvaro Martínez-Cachero Laseca e a diretora gerente do Colégio Lourdes Ballesteros.

A diretora Lourdes deu as boa-vindas a todos e felicitou os alunos, pelos excelentes trabalhos, acrescentando que indicará os trabalhos da Hispanidad como fonte de inspiração para outros estudantes do Brasil no "I Concurso de relato breve".

Para introduzir o assunto o conselheiro Alvaro Martínez, explicou que a guerra Civil Espanhola foi uma disputa entre irmãos e vizinhos da mesma nação, que defendiam não só ideais divergentes, mas também questões geográficas. Ele explicou que dependendo de onde eles viviam, uma certa maneira de ver o mundo já lhes era imposta. A população acabou por ficar dividida radicalmente, mesmo anos após o conflito. Ele afirmou que a rivalidade continuou no período pós-guerra aonde quer que houvesse uma comunidade espanhola.

O professor José Munhoz, conhecido como Pepe, falou sobre sua experiência na infância no período pós-guerra entre 1936 e 1939. Pepe se surpreendeu quando descobriu o que movimento, nome dado à Guerra Civil na Espanha, significava ao perguntar para sua mãe. Ele não podia entender, quando criança, o porque de uma luta interna, entre os cidadãos de uma nação.

O tema central da fala do professor Juan Rivero foi a história da guerra e os conflitos e acontecimentos que a sucederam no século XX. Ele dedicou e agradeceu a todos que caíram, lutaram e morreram na guerra, pois esses merecem o máximo respeito por terem lutado por todos. Isso inclui os combatentes de ambas ideologias (republicana ou nacionalista) e civis que não tiverem tempo de revidar.

Por exemplo, a morte do escritor García Lorca, por criticar a ditadura de Franco que estava em vigor na época. Outra questão foram as opressões dos militares à população, que executava a todos que não eram simpáticos a suas ideias. O professor utilizou também fotos e vídeos gravados naquele período, para demonstrar a tragédia. Juan encerrou a palestra dizendo aos alunos para lutarem pelos ideais, serem lutadores, sem matar.


Fotos: Silvio Luiz Canella

A cobertura completa do Congresso da Hispanidad, produzida pela sala de imprensa dos alunos do 3º ano do EM, pode ser acessada em www.cmc.com.br/hispanidad

A sala de imprensa de 2016 foi composta pelos alunos: Alícia Sofia Alfonso Severino, Carolina Ozi Dias da Silva, Fernando Buendia Gomes, Flávia Conte de Arruda Campos, Gabriela Costa Herzog, Gisele Pilar de Mula Cury, José Luis Tirado Alaor, Letícia Paglia, Luiza Prado Durante, Max Tadaieski Mitteldorf, Pedro Augusto Lepore Pittella, Sophie Cohen Chermont, Thalia de Fatima Fernandes Pereira, Valentina Coppola Gomes dos Santos e Vitor Guimarães Ferreira.