Brincar de fazer compras
Atividade favorece a reflexão sobre o consumo consciente
Por: Tatiana Maria de Paula Silva | 21 de outubro de 2016.
O que é a moeda? Para que serve? Como posso fazer meu planejamento financeiro?
Essas e outras questões foram trabalhadas no projeto MERCADO DA ECONOMIA, elaborado pela equipe pedagógica do 2º ano do Ensino Fundamental. Para trabalhar os conteúdos relacionados ao sistema monetário e à apresentação das notas, durante o segundo semestre, os alunos trouxeram embalagens vazias de produtos de uso cotidiano, classificaram os itens e montaram um mercadinho para brincar e aprender.
Por meio de situações-problema como preparar um jantar para a vovó, fazer a limpeza de casa, preparar uma festa de aniversário, entre outras, os alunos investigaram os preços dos produtos, precificaram de acordo com a pesquisa e, durante as compras, se revezaram entre consumidores e caixas para exercitarem as operações matemáticas e se familiarizarem com as notas e moedas brasileiras.
O jogo simbólico das compras traz para o universo em sala de aula termos como crise, promoção, oferta, lucro etc., o que possibilita a troca entre pares sobre essas definições e a mediação do professor para esclarecer dúvidas.
Fotos: Tatiana Maria de Paula Silva
Para as professoras Daniela Cotti e Ione Cheberle, a atividade alavancou discussões muito além dos conteúdos relacionado à moeda. “Além do sistema monetário, a ideia era despertar na criança uma consciência financeira relacionada ao consumo consciente e que fizesse sentido para ela. Procuramos demonstrar que a gente não gasta por nada, e sim por que temos necessidade de algo, para que elas percebessem como é possível planejar e economizar. Tudo isso de forma lúdica”, explica Daniela.
“Pudemos também trabalhar as operações matemáticas de adição e subtração. Nada melhor do que trazer esse conhecimento de forma concreta para a criança, manipulando a moeda e executando os cálculos durante a compra ou venda. Além disso, falamos sobre sustentabilidade. Ao pedirmos embalagens vazias, provocamos o debate sobre produção e coleta de resíduos. No mercado, estimulamos o uso da sacola reutilizável”, conclui Ione.