“Eu sou Favela” é um livro realmente muito bom e interessante. Não pense que o seu baixo número de páginas não tem algo a dizer, uma leitura rápida irá fazer você pensar nas suas próprias ideias de “favela” e de seus moradores.
Por: Henrique Plihal | 19 de maio de 2018.
“Eu sou Favela” é um livro de contos. Todos eles, sem excluir nenhum, têm algo a complementar nessa obra de vários autores, entre eles João Anzanello Carrascoza e Ferréz, nome artístico de Reginaldo Ferreira da Silva. Um conto que se destaca é “Um novo brinquedo”, de Rodrigo Ciríaco, que aborda a ideia equivocada que temos de favela e expõe nossos preconceitos ao não dizer o que é esse “novo brinquedo”, revelado apenas no final do conto.
O trabalho interdisciplinar entre Artes e Literatura, orientado pelos professores Fábio Nogueira e Fábio Brazolin, fez com que os alunos do 1° ano do Ensino Médio refletissem sobre a leitura dos contos e, após isso, realizassem um trabalho artístico usando suportes incomuns, como portas ou caixas, assim como faz o pintor norte-americano Jean Michel Basquiat.
“O trabalho de Artes foi um dos mais interessantes que já fiz, na minha opinião, pois utilizamos uma porta sanfonada como suporte e trabalhamos com os ângulos que essa porta podia fazer para conseguirmos perspectiva de forma que, dependendo de onde a pessoa está, ela vê uma imagem diferente”, diz Vitor Martins, aluno do 1°ano C, referindo-se a seu trabalho da Feira do Livro sobre o conto “Um novo brinquedo”.