Por Lucca Rizzi | 18 de maio de 2019
Hoje, na 36º Feira do Livro do Colégio Miguel de Cervantes, Flávio de Souza, criador do livro Desenhos de Guerra e Amor, publicado pela Cia das Letras em 2001, foi entrevistado sobre sua obra pelos alunos do 6º ano do EF. Flávio é um ator, escritor e roteirista que ficou famoso por sua criação do programa de televisão infantil Castelo Rá-Tim-Bum e outros clássicos como Mundo da Lua, Rá-Tim-Bum e Ilha Rá-Tim-Bum.
Flávio teve sua introdução dada por três alunas do colégio que compactaram sua história de vida para poucas palavras que acabaram por dar dimensão para a entrevista por vir. Mesmo após sua pequena introdução pelas alunas, Flávio desenvolveu mais disso que possivelmente deu ideias para certas perguntas de alunos por vir. Ainda que fosse ganhador do prêmio APCA com o livro “Um menino, uma menina, papel de carta, papel de embrulho”, o Jabuti com o livro “Chapeuzinho Adormecida no País das Maravilhas” e o selo de altamente recomendável para os livros “Que história é essa? ”, “Que história é essa? 2”, “Desenhos de guerra e de amor”, “O livro do ator”, “Hoje é dia de festa! ” foi impressionante seu modo descontraído e cômico de falar que talvez tenha resultado nos alunos gostando dele ainda mais do que já gostavam por sua obra. O escritor criou uma atmosfera relaxante nas suas primeiras palavras com os alunos que levou muitos a perguntar sobre múltiplos assuntos, o que acabou por levar a uma saturação de perguntas que terminaram por não serem resolvidas de tantas que eram.
A entrevista com uma aluna (anônima) do 6º confirmou tal atmosfera que fazia este “ele agia como um pai querendo apenas conversar com a gente, a palestra parecia mais uma conversa do que uma entrevista super séria” tanto que múltiplos alunos riram enquanto lembravam da sua entrevista com este grande escritor. O que não é surpresa pelo fato do autor ser não apenas pai de um garoto como também avô de duas meninas, o que levou este a ter uma boa prática com crianças, o que fica evidente em suas obras juvenis.
Flávio em sua entrevista disse que em muitas situações acabou reescrevendo historias já prontas por não serem o que ele havia tido em mente, porém este não foi o caso de “Desenhos de Guerra e Amor”, em que em realidade outro problema veio com este, o feedback de seus leitores que não concordavam com o jeito ranzinza de pensar do protagonista masculino: “mas eu sempre dizia, lê até o final que você vai entender”. Ao final da entrevista o autor deu seu conselho de ouro: “leiam mais, pois livros têm algo mais que não existem em coisas como o Twitter” e assinou o livro das crianças que saíram felizes com suas cópias assinadas de um livro considerado por elas “uma das melhores histórias que a escola já nós fez ler”.