Atividade Pós Feira do Livro
Em 4 de junho, os alunos de 8º e 9º anos receberam o autor no teatro do Cervantes
Por: Tatiana Maria de Paula Silva | 05 de junho de 2019.
O Colégio Miguel de Cervantes teve mais uma vez a satisfação de receber o escritor Rodrigo Lacerda.
Rodrigo, que é o organizador da Coleção Clássicos da editora Zahar, falou sobre o livro Alice: Aventuras de Alice no País das Maravilhas & Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, lido pelos alunos do 8º ano, e sobre o livro O fazedor de velhos, de sua autoria, lido pelas turmas do 9º ano.
Durante o encontro, o editor e autor falou com os alunos sobre a relevância da leitura de obras clássicas e de sua perenidade. Ele comentou que, assim como Alice no País das Maravilhas, O fazedor de velhos tem a característica de agradar leitores de todas as idades.
Sobre Alice, Rodrigo contou um pouco sobre o autor Charles Lutwidge Dodgson, que utilizava o pseudônimo Lewis Carrol, destacando os vários níveis de leitura que a obra permite ao transcender a faixa etária do público a que originalmente se destina. Para ele, as referências reais da época e o senso de humor impresso na obra garantem o sucesso de sua existência até os dias de hoje.
Rodrigo mostrou aos alunos uma obra ainda não editada de um livro que reúne diversas gravuras, fotomontagens e ilustrações sobre a obra feita por artistas de todo o mundo. Ele falou também sobre a versão comentada da edição de bolso de luxo.
Sobre o seu livro O fazedor de velhos, Rodrigo contou que o concebeu como infantojuvenil e que, no processo de revisão e emissão do ISBN, recebeu muitas observações de adultos que apreciaram a obra. Ele acredita que isso se deu porque as pessoas se identificaram principalmente com a relação entre o tempo e o envelhecimento visto por meio de uma perspectiva positiva.
Após responder às perguntas dos alunos sobre a obra, o escritor ressaltou a importância da leitura. “A vida é curta e estreita. A partir do momento em que fazemos uma escolha, deixamos de viver todas as outras. A literatura é uma maneira de experimentarmos o que não vamos viver realmente. Quando experimentamos uma história, a região do nosso cérebro atingida é a mesma de quando vivemos uma situação real. Em nosso cérebro não existe fronteira entre o real e o imaginário. As histórias nos dão uma vivência e isso é um enriquecimento para a nossa sensibilidade, pois faz com que nos coloquemos no lugar do outro e de alguma forma nos faz sentir o que o personagem sente. Assim como precisamos exercitar nossos músculos, se a gente não treinar nossa sensibilidade ela vai ficando flácida e começamos a perder nossa humanidade”, explica Rodrigo.