Narrativas de Ficção Científica
Por: Giovane Rodrigues Silva | 24 de maio de 2021.
Nos últimos anos, o curso regular de filosofia para os alunos do Ensino Médio do Colégio Miguel de Cervantes tem buscado familiarizá-los com o gênero da ficção científica — seja no formato audiovisual, seja no literário. As diferentes representações de um futuro próximo ou distante, transformado pelas potencialidades da tecnologia, abre um campo fértil para a imaginação e para a reflexão, e as aulas de filosofia têm explorado esse campo de diversas maneiras. Com isso, fica mais fácil ensinar e aprender epistemologia, ética, filosofia política, filosofia da ciência, sociologia e atualidades.
Exemplo disso é a obra de Ana Rüsche, nossa convidada para a Feira do Livro de 2021. De maneira leve e profunda, ela nos mostra como a psique humana pode se expandir em novas formas de comunicação — como ela fez em seu último romance, A telepatia são os outros, abordando também a incerteza de um futuro automatizado — como, por exemplo, em seu conto Protocolos de Redação, ambientado num futuro não especificado em que toda informação jornalística é produzida, sempre ao gosto de freguês, por avançada inteligência artificial.
Professor e alunos têm usado esses elementos para refletir, aprender e ensinar. A presença da autora irá potencializar todo esse processo. Iremos aproveitar essa ocasião para falar um pouco mais a respeito do gênero ficção científica, sobre a relevância da escrita feminina para esse gênero literário, sobre o impacto da mecanização e da inteligência artificial no mercado de trabalho, sobre a ética da escrita jornalística e demais assuntos semelhantes a que a conversa convidar.