Professor responsável: Marco Antonio Augusto
E se aquele garoto quiser estudar os arranjos de Moacir Santos?
E se aquela garota quiser cantar uma música de João do Vale?
E se aquele estudante quiser ouvir o saxofone d Pixinguinha?
E se alguém quiser conhecer a obra monumental de Jackson do Pandeiro?
Como fará se seus discos não estiverem disponíveis?
Insisto nesta questão: o resgaste da memória cultural de nosso país é assunto sério, fundamental e urgente. As gerações que estão por vir precisam de meios para localizar e valorizar a identidade brasileira.
– Charles Gavin[1]
O presente documento tem como propósito os seguintes objetivos:
– Justificar a adoção do livro Uma Árvore da Música Brasileira[2] pelo departamento de Ciências Humanas para o 1º ano do Ensino Médio.
– Apresentar o projeto para a 16° Feira do Livro: A formação da cultura brasileira a partir da música popular de origem africana.
1 . A adoção do livro Uma árvore da Música Brasileira.
Objetivo
O departamento de Ciências Humanas, através da adoção de um material complementar, voltado para a o estudo da formação cultural brasileira, tem como objetivo atender a necessidade de um ensino plural e diversificado na grade curricular do ensino médio e a pesquisa de nossa identidade. Concomitantemente, a adoção de um livro paradidático dialoga perfeitamente com inúmeros temas e habilidades previstos no Novo Ensino Médio. As disciplinas de geografia, história e filosofia ganham a oportunidade de atingir diversos conteúdos através da historiografia e etnografia musical.
Justificativa:
Integrante das escolas associadas da UNESCO, o Colégio Miguel de Cervantes defende a cultura e, especificadamente a música, como forma de valorização da educação para a promoção de um patrimônio imaterial da humanidade.
Segundo os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), os livros considerados complementares ou materiais paradidáticos, possuem a função de oportunizar aos professores o desenvolvimento de trabalhos voltados para valores como respeito, cultura, honestidade, dentre outros.
Com grande parte de seus capítulos dedicado aos gêneros musicais de origem africana, o livro Uma Árvore da Música Brasileira atende aos objetivos da Lei 10.639 de janeiro de 2003. Com 21 anos de existência, a lei que obriga o ensino de história afro-brasileira tem papel fundamental no combate ao racismo ao reconhecer a contribuição do povo negro na construção da nossa sociedade. Além disso, se faz urgente a necessidade de combater o racismo, valorizar a diversidade e reconhecer a contribuição e o papel fundamentais do povo negro na construção da nossa sociedade e identidade.
2 . 16° Feira do Livro: A formação da cultura brasileira a partir da música popular de origem africana
Objetivo
O departamento de Ciências Humanas, através da adoção de um material complementar, voltado para a o estudo da formação cultural brasileira, tem como objetivo atender a necessidade de um ensino plural e diversificado na grade curricular do ensino médio e a pesquisa de nossa identidade. Concomitantemente, a adoção de um livro paradidático dialoga perfeitamente com inúmeros temas e habilidades previstos no Novo Ensino Médio. As disciplinas de geografia, história e filosofia ganham a oportunidade de atingir diversos conteúdos através da historiografia e etnografia musical.
Justificativa:
Integrante das escolas associadas da UNESCO, o Colégio Miguel de Cervantes defende a cultura e, especificadamente a música, como forma de valorização da educação para a promoção de um patrimônio imaterial da humanidade.
Metodologia:
O presente projeto terá como base de apoio e pesquisa o livro Uma Árvore da Música Brasileira. Para a Feira do Livro serão estudados e trabalhados os gêneros musicais ligados direta ou indiretamente à cultura africana. São eles:
Para ampliar a imersão sobre cada gênero musical, os alunos também utilizarão fontes primárias de pesquisa, discos e gravações, além de textos e ensaios complementares que servirão de suporte para identificar a formação da cultura brasileira e sua respectiva brasilidade através da música.
Inicialmente os alunos farão coletas de dados junto aos familiares, seguindo a seguinte sequência:
Após essa etapa, serão estimulados a entender as origens do sincretismo musical brasileiro com audições de trechos de canções pilares da nossa cultura.
No momento seguinte, deverão escolher alguns artistas e gêneros fundamentais para a consolidação dos gêneros ligados à cultura africana e mapear sua localização geográfica e temporal na cultura brasileira.
A seguir, já divididos em grupos, os alunos assumirão a pesquisa específica de um gênero musical.
O Cronograma:
13/05 – Introdução à proposta, apresentação da árvore, divisão da sala em grupos, distribuição dos gêneros musicais por grupos e início da pesquisa
14/05 – Desenvolvimento da pesquisa e definição do produto final.
20/05 – Desenvolvimento da pesquisa e do produto final.
21/05 – Finalização do produto final.
22/05 – Montagem
24/05 – Conversa com o convidado Guga Stroeter
Convidados:
Como finalização do projeto, os alunos farão um encontro com o organizador do livro, Guga Stroeter. Músico, escritor e diretor musical nascido na cidade de São Paulo. Guga é vibrafonista, criador e integrante do quinteto Nouvelle Cuisine e da orquestra Heartbreakers. Como instrumentista, participou de shows de diversos artistas, como Rita Lee e Caetano Veloso. Desde meados dos anos 1990, Guga escreve livros de ficção, poesia, teatro e crítica musical.
Referências
Bibliografia:
300 Discos importantes da musica brasileira. Charles Gavin, Tárik de Souza. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
Dias de luta: o rock e o Brasil dos anos 80. Ricardo Alexandre. São Paulo. Arquipélago,
[1] 300 Discos Importantes da Música Brasileira (Introdução) – GAVIN, Charles. São Paulo, Ed. Paz e Terra. 435 p.
[2] Uma árvore da música brasileira / Organização: Elisa Mori e Guga Stroeter. – São Paulo: Edicões Sesc São Paulo, 2020. 388 p. il.:pautas. ISBN 978-85-9493-201-3