Aluno discute sobre a pena aplicada a esquizofrênicos
Murilo opina sobre o tema apresentado pelo seu grupo
Por: Eduarda Vieitas Soares da Silva|19 de outubro de 2017.
O estudante Murilo Enrique Dorión Nieto, do Ensino Médio, foi entrevistado por mim após a apresentação de seu trabalho “O Instituto Cajal e as ciências biomédicas”. Tal apresentação abordou um julgamento de um assassinato fictício cometido por uma esquizofrênica, utilizando a medicina estudada nesse instituto para avaliar o quanto a doença afeta a culpabilidade da assassina.
[Eduarda]: Muitos assassinos frequentemente têm a sua pena reduzida ou até anulada por apresentarem sintomas de esquizofrenia. Você acredita que essa pessoa deixará a sociedade mais segura sendo presa ou libertada?
[Murilo]: Eu acho que cada caso é um caso. Com questões psicológicas, cada pessoa deve ser vista no contexto em que está inserida. No caso fictício da Stella Tagomori, que a gente julgou, ela tinha o pleno acesso ao tratamento, mas decidiu não buscar. A ideia aqui não é fazer as pessoas pensarem que todos os esquizofrênicos devem ser levados para tal contexto ou não. A ideia aqui não é dar um veredito final, mas fazer as pessoas pensarem sobre a questão do estigma social e da importância do tratamento, fazendo com que os necessitados busquem ajuda e que também não sejam estigmatizados pelos que os rodeiam. Só assim a gente consegue que esse tipo de problema seja melhorado na sociedade.