Residencia de señoritas representada de um modo artístico
A famosa residência das senhoritas é relembrada por um grupo de alunos por um ponto de vista atípico, o artístico
Por: João Victor Santos Moreira | 19 de outubro de 2017.
A Residencia de señoritas, famosa instituição de ensino hispânica, destinada somente às mulheres, foi representada no Congresso da Hispanidad, evento realizado no Colégio Miguel de Cervantes, no dia 19 de outubro. A representação foi realizada por um grupo de alunos do primeiro ano do Ensino Médio, através de uma apresentação de PowerPoint, com um enfoque na parte artística dessas estudantes mulheres. Foi utilizado ainda um cavalete com uma pintura real de uma delas, que serviu para ilustrar as falas dos estudantes, além de ajudar no cenário da exposição do tema.
A apresentação baseava-se em um PowerPoint, no qual estavam as informações fundamentais para o entendimento de todos os presentes. Cada integrante do grupo expunha sua parte do trabalho de forma oral e dividida de forma que seria integrada à parte artística, à repercussão dessa universidade em solo espanhol, contando ainda onde estão e o que atualmente fazem as ex-alunas da residência. No canto da sala havia umas pinturas, feitas pelos alunos, de integrantes da Residencia de señoritas, para que os membros as utilizassem com o intuito de demonstrar as características artísticas dessas alunas pintoras da universidade feminina espanhola.
Essa residência foi inaugurada em outubro de 1915, como um “braço” da residência dos estudantes, famosa universidade hispânica que funcionava nos mesmos padrões das señoritas, pois o local estava com uma grande quantidade de alunos. Ela foi fundada para promover uma igualdade educativa e profissional entre os sexos. Além de ser uma universidade pública, era um espaço para todas as mulheres completarem sua formação acadêmica. A instituição foi fundamental para a inserção da mulher na sociedade hispânica. Porém, com o início da guerra civil espanhola, em 1936, que retira diversos feitos progressistas, acaba por fechar essa faculdade.
Segundo Almuneda de La Cueva, curadora da exposição sobre o centenário da Residencia de señoritas, “era uma formação que fomentava o diálogo e o intercâmbio de ideias. Um ensino que não fosse apenas escutar o professor sem ter um ponto de vista crítico”. No começo de sua história, a residência suportava por volta de 30 alunas. Com o passar do tempo, conseguiram ter 300. Dentre elas, muitas que fazem parte da história hispânica, como Josefina Carabias, considerada a primeira jornalista mulher do país, e Clara Campoamor, que é a responsável pelo movimento para o sufrágio feminino na Espanha.
Tema 4: La residencia de señoritas
Nome do Orientador: Patrícia Aparecida Campos
Nome do coorientador: Mariana Dantas Belia
Nome dos integrantes do grupo: Eduardo Ragozzino Fontes, Eduardo Sanchez de Paóla, Gabriel Dantas Ranoya, Gabriel Soares Martins Rodrigues, João Antônio Oguri Ribeiro e Pedro Rudge Borba