Festival de Teatro do Colégio Miguel de Cervantes
De 16 a 26 de novembro, atores e atrizes demonstraram seus talentos no Festival de Teatro

Por: Tatiana Maria de Paula Silva | 3 de dezembro de 2015.

Em uma maratona de cultura e entretenimento, os alunos do curso extra de Teatro passearam pelos gêneros teatrais de suspense, comédia, drama e ação.

Abrindo o Festival, os alunos do 5º ano apresentaram o suspense A Lenda, criação coletiva dirigida pelo professor William Rosa. A trama, que foi desenvolvida em torno do assassinato acidental de uma estudante, tem inspiração nas lendas urbanas. O espirito da jovem volta para assombrar os alunos da escola, local no qual ocorreu o crime. A peça deixou o clima de suspense representado de forma descontraída e divertiu os espectadores. Em paralelo à história, atores e atrizes demonstraram uma caricatura das mudanças nos costumes e comportamentos dos estudantes em um intervalo de tempo de 20 anos.


Fotos: Silvio Canella

No segundo dia do festival, os alunos do 8º e 9º anos interpretaram a peça Trono de Sangue – A Paródia, uma livre adaptação da peça Macbeth, de Willian Shakespeare, dirigida pelo professor Fabio Nogueira. De forma bem-humorada, a trama permeia as fraquezas humanas em relação à ambição e ao poder. Entre os devaneios e alucinações de um perturbado Macbeth, os personagens cativam e alegram a plateia. Os efeitos em projeção e iluminação deram um show à parte.

Para o professor Fabio, o exercício do teatro tem um caráter educativo que prima por um processo de amadurecimento e autoconhecimento. “São nos encontros semanais com os alunos que percebemos os resultados de crescimento e evolução, invisíveis quando assistimos ao espetáculo. Nós que trabalhamos com teatro no Miguel de Cervantes acreditamos que ele é uma arte que tem um potencial educacional muito grande de transformação e que abraça toda a diversidade de pessoas, atividade cada vez mais necessária no mundo de hoje”, comenta o professor.

No terceiro dia do Festival, a professora Carolina Soledad Fortunato Silva trouxe a trupe do 2º e 3º anos para encantar o público. Dos tímidos aos falantes, atores e atrizes incorporaram os personagens e deram o melhor nas apresentações. O 2º ano viveu uma história de suspense em O Mistério do Castelo, criação coletiva dos alunos repleta de personagens fantásticos, como o Zumbi, o Mago, o Pirata, a Fada, o Rei, a Rainha. Na peça, os amigos investigam o mistério envolvendo o desaparecimento de alguns personagens, que ficam presos nos quadros dos castelos.

Em outra criação coletiva, o 3º ano traz ao palco a peça Entrando numa Fria, uma produção da professora Carolina com a participação especial da plateia e das alunas do curso de dança e expressão do 1º ao 3º ano. Em uma história que envolve aventura e respeito à natureza, as personagens são transportadas para outra dimensão através da máquina de uma cientista maluca e vão parar em um filme, no qual passam por várias aventuras para conseguirem voltar para casa. Familiares e convidados participaram da peça jogando fogo feito de papel celofane, spray de neve, bolinhas de sabão e papel picado. Para contracenar com a sereias, o coordenador do departamento de atividades extraescolares, Antonio Abello Rovai, foi o eleito na plateia.

No dia 23 de novembro, foi a vez dos alunos do 6º ano apresentarem a livre adaptação da peça Tribobó, de Maria Clara Machado. A história, ambientada no cenário do velho oeste americano ao estilo bang bang fanfarrão, foi interpretada com música e dança. Os moradores de Tribobó, divididos em uma turma do bem e outra do mal, resolvem a disputa por terras e poder com o “bom e velho duelo de armas”, mas, em vez de armas de verdade, os inimigos encontram formas divertidas de se enfrentarem, como o duelo de quem fala a maior palavra ou quem aguenta comer mais nachos apimentados.

No último dia do Festival, os alunos do 4º ano apresentaram a peça Histórias de Acampamento, de criação coletiva e dirigida pelo professor William Rosa. No acampamento de férias, reunidas em volta da fogueira, as crianças se divertem contando histórias interpretadas por elas. Em meio a confusões e aventuras, elas recriam o ambiente de confronto e camaradagem que envolve as amizades da juventude.
 
Para encerrar as apresentações dos alunos no Festival, o grupo de teatro Os Graviolas, formado por alunos e ex-alunos do Ensino Médio, apresentou Desencaixados, peça cômica criada e produzida pelo professor Fabio Nogueira que apresenta uma crítica aos padrões de comportamento ditados pela sociedade e muitas vezes impostos aos jovens como a única forma aceitável de agir e interagir com o mundo. A partir da história de uma instituição que recruta adolescentes com a promessa de ensiná-los a reproduzir, como em uma linha de montagem, um modelo de conduta, as personagens enfrentam de forma bem-humorada e com elementos da cultura da mídia os paradigmas impostos para preservarem a essência de sua personalidade.

Em 12 de dezembro no teatro do Colégio é a vez da trupe de professores e funcionários apresentarem a peça: