Festival de Teatro do Colégio Miguel de Cervantes
De 28 de novembro a 2 de dezembro, a programação contou com seis espetáculos

Por: Tatiana Maria de Paula Silva | 5 de dezembro de 2016.

Durante a semana, os alunos do curso extra de Teatro e de Produção Teatral apresentaram seis produções. Essa expressão artística que data da antiguidade forma parte das possibilidades educativas oferecidas pelo Colégio Miguel de Cervantes para a formação ampla e integral de seus alunos.

Inaugurando o festival, os alunos do 8º e 9º anos trouxeram para o palco a divertida comédia Doce máfia, dirigida pelo professor Fabio Nogueira. A produção coletiva fez uma sátira à lei seca instituída entre os anos 20 e 30, nos EUA. Na versão dos alunos, contudo, os produtos proibidos foram os doces. Assim como aconteceu na história americana, a medida deu margem ao comércio ilegal e às organizações criminosas que comercializavam chocolates, balas e pirulitos. Na cidade de Sugar Hill, personagens como o poderoso mafioso Porpetone, o capanga Fusili, o Prefeito e os policiais Penne e Linguini travaram uma batalha, a qual só termina quando os poderosos Prefeito e Porpetone cedem às exigências de Penélope, ex-mulher de Porpetone, para terem suas filhas de volta.

O segundo dia de apresentação começou com a turma do 5º ano encenando a peça Escola da Zoeira, produção coletiva dirigida pelo professor Heitor Ferracci. Na história, os colegas de uma conturbada sala de aula reconhecem em suas diferenças elementos que transformam suas relações com carinho e amizade, reforçando os laços de solidariedade e companheirismo. A peça trouxe momentos divertidos ao mesmo tempo em que demonstrou uma reflexão sobre as relações no cotidiano do ambiente escolar.

Na sequência, a peça do grupo de teatro do 6º e 7º anos, A viagem do Capitão Fracassi, obra de criação coletiva inspirada no filme A viagem do Capitão Tornado e na peça O mambembe, reuniu aventura, suspense e romance. Dirigido pelo professor Fabio Nogueira, o talentoso elenco desenvolveu a trama em torno da trupe do senhor Pulcinella, que sai em busca de um bom ator para compor o grupo e de patrocínio para seu espetáculo. No caminho para a cidade de Tonos, a turma vive aventuras com muito mistério e diversão, encontrando no caminho o atrapalhado Capitão Fracassi.

Na quarta-feira foi a vez da turma do 3º e 4º anos, da professora Carolina Soledad, mostrar o talento na peça Escola de bruxos. Na história, as bruxas malvadas precisam passar por provas de maldade e a bruxinha Angélica é reprovada em todas. O mistério é desvendado quando ela descobre que foi raptada pela rainha das bruxas boas quando era bebê. Um plano das bruxas más para deixar a floresta sem proteção é derrotado quando o duende e a bruxa boa localizam Angélica e a humana tocadora de flauta.


Fotos: Silvio Luiz Canella

No último dia do festival, as meninas do 2º e 3º anos, dirigidas pela professora Carolina Soledad, apresentaram a peça Deu a louca na floresta. A apresentação foi em formato de aula aberta e, antes da encenação, professora e alunas demonstraram a dinâmica das aulas, que começam com o aquecimento corporal e vocal e desembocam em jogos que objetivam sensibilizar os alunos para a interpretação. A peça é uma livre adaptação e satirizou os contos Rapunzel, Três porquinhos e Chapeuzinho Vermelho.

No encerramento do festival, o grupo de teatro do Ensino Médio apresentou a produção O Auto da Compadecida, adaptação da obra do autor brasileiro Ariano Suassuna, dirigida pelos professores Fábio Nogueira e William Rosa. O elenco, formado por 26 alunos, contou com a participação especial do ex-aluno Diego Itaboraí (como temido cangaceiro Severino de Aracaju) e interpretou primorosamente os personagens. O espetáculo começou com um cortejo que convidou a plateia a adentrar ao teatro.

Durante toda a concentração e preparação dos atores, foi possível perceber a atmosfera de amizade e companheirismo que envolveu o grupo. Os alunos do curso extra de Produção Teatral estiveram à frente do cenário, do figurino, da luz e da sonoplastia, tudo minuciosamente cuidado para garantir a qualidade da peça, que divertiu e emocionou a todos. Para os professores Fábio e William, o elenco esteve muito bem, pois parte dele está há anos unida nesse trabalho, o que contribui para o desenvolvimento e crescimento de todos.


Fotos: Silvio Luiz Canella

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