Encontro de Formação – Programa de Imersão Tecnológica
Último encontro de formação de 2014 da equipe de Tecnologia Educacional apresentou o balanço e a reflexão sobre o programa de imersão realizado no 8º ano do Ensino Fundamental
Por: Tatiana Maria de Paula Silva |04 de dezembro 2014.
Compartilhar e refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem mediante o uso constante e sistematizado de dispositivos móveis foi a proposta do encontro, realizado em 3 de dezembro, no auditório do Colégio Miguel de Cervantes.
O coordenador da Equipe de Tecnologia Educacional, Antonio Abello Rovai, abriu o encontro enfatizando a relevância do programa instituído em 2014. Para ele, compartilhar as experiências desse processo com todos os setores do Colégio é uma forma de estabelecer referências para os professores que preparam os alunos para essa realidade e para os que irão recebê-los nos próximos anos.
Antonio também acentuou a necessidade da troca de experiências entre os professores, “os encontros de TE são uma iniciativa do Colégio para promover um espaço de formação que favoreça a colaboração entre pares, ou seja, são professores que pesquisam, experimentam, inovam e produzem conhecimento a partir da reflexão conjunta e compartilhada sobre o que deu e o que não deu certo, de maneira a criar juntos um repertório, um modelo próprio de integrar a escola à tecnologia do mundo contemporâneo”. E, no que se refere aos estudantes, chamou a atenção para o fato de que boa parte dos relatos dessas experiências se fundamentam no conceito de aprendizagem ativa, na ideia do aprender fazendo, com enfoque mais voltado para a aprendizagem do que para o ensino. Para o professor, o que existe em comum entre os diferentes projetos levados a cabo com o uso de recursos tecnológicos em 2014 é uma postura mais indagadora, ativa e reflexiva por parte dos alunos.
Na sequência, iniciando as exposições sobre o Programa de Imersão Tecnológica a professora de Língua Portuguesa, Fernanda Rodrigues Baruel, apresentou um estudo realizado a partir de uma versão adaptada de um modelo de questionário, elaborado pela Fundação Telefônica e pela Organização dos Estados Ibero Americanos para Educação, Ciência e Cultura. O escopo da pesquisa era identificar a visão dos alunos e dos professores sobre o processo de integração das tecnologias em sala de aula. A análise dos resultados teve como objetivo propiciar um diagnóstico para o aprimoramento do uso de tecnologia na educação. A professora também apresentou um interessante estudo comparativo de atividades realizadas com e sem a utilização de recursos tecnológicos.
A professora Roberta Fernandes, também de Língua Portuguesa, apresentou uma atividade de produção textual com o uso da plataforma Moodle. A proposta, cujo objetivo era o desenvolvimento de habilidades narrativas em determinado gênero textual, partiu da exibição de uma animação muda e de curta metragem a partir da qual os alunos produziram textos com elementos narrativos do gênero em questão: o suspense.
Dentre as várias propostas realizadas pelo professor Pedro Sales, da disciplina de História, com o uso de tecnologia, ele destacou a confecção de jogos sobre a Revolução Francesa e a pesquisa comparativa e reflexiva sobre a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 e da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU de 1948. Nesta última, a partir da provocação do professor sobre a redação da declaração e a necessidade da existência de uma Secretaria para Defesa dos Direitos Humanos no Brasil, os alunos acessaram o site da Secretaria com o intuito de responder às questões chaves: Qual é o trabalho da Secretaria? e Por que é necessário ter uma secretaria como essa? Para o professor, a atividade instigou os alunos a procurarem e compartilharem conhecimento, dinamizou a aula e contribuiu para a reflexão dos alunos sobre o tema.
Fotos: Tatiana Maria de Paula Silva
Para o professor Joan Josep Miro Ortega, da disciplina de Ciências, a plataforma Moodle se converteu em uma ferramenta ativa e dinâmica para disponibilizar e organizar os conteúdos das aulas em um ambiente em que os alunos podem acessar, fazer os exercícios e compartilhar, de forma efetiva e interativa, conhecimento através de fóruns.
Em Matemática, a professora Simone de Pontes Degam utilizou a plataforma para organizar os conteúdos e propor atividades, mas foi na disponibilização das correções que ela percebeu as vantagens do Moodle e pôde rever sua prática, permitindo que o próprio aluno reelabore e analise seu erro. “Ao delegar ao aluno a própria correção, para que ele possa perceber o que errou no seu ritmo e não mais no ritmo do professor, foi possível para aquele aluno que termina a correção rapidamente disponibilizar mais exercícios de aprofundamento, de manutenção, leituras, jogos ou vídeos e, para os alunos que tinham muita dificuldade, fiquei com mais tempo livre para fornecer a ajuda mais efetiva e pontual.”
Ainda nas aulas de Matemática, o professor Ángel Salvador Cara Maldonado compartilhou a atividade proposta sobre o cálculo de linhas e pontos notáveis de um triângulo substituindo a régua e o compasso pelo programa Geogebra. Segundo o professor “os alunos se sentem motivados diante do desafio proposto, desenvolvem sua autonomia e, em grupo, buscam as soluções aos problemas que vão surgindo.”