Saída Pedagógica à Fazenda Nossa Senhora da Conceição
Alunos do 5º ano participaram, no dia 12 de agosto, de um estudo do meio que reúne história, cultura e diversão.

Por: Tatiana Maria de Paula Silva |13 de agosto de 2014.

Para transportar alunos e alunas do 5º ano do Ensino Fundamental ao universo do Brasil cafeeiro, o Colégio Miguel de Cervantes proporcionou a visita à Fazenda Nossa Senhora da Conceição, espaço destinado principalmente ao turismo rural e que resgata a importante história do ciclo do café.

Trazido em meados de 1727 da Guiana Francesa, o precioso grão impulsionou a economia no Brasil, sobretudo da região Sudeste, e desenhou uma parte importante da história do país.*

A fazenda, com 30.000m2 de área verde, começou sua produção em meados de 1810 e participou do ciclo do café até 1930, período em que o preço do café caiu drasticamente, obrigando seus administradores a diversificar a produção, que voltou a ter como base o café em 1955.

Além da preservação do estilo arquitetônico da época, a fazenda abriga um Museu do Café repleto de documentos, fotos e objetos relacionados à produção. Também é possível caminhar pelo campo e visitar a casa sede, a casa do colono, a tulha, as senzalas e a igreja que remontam o cenário colonial e propiciam uma viagem no tempo.

Durante a visita, os alunos puderam esclarecer dúvidas sobre todo o processo que envolve a produção de café, vivenciar as áreas de cultivo e de beneficiamento e ver de perto o maquinário utilizado no século XIX.

O aluno Antonio Fardo Neto, do 5º D, aprendeu que os colonos imigrantes não eram chamados de escravos, mas também ficavam sob o domínio do senhor da fazenda, “eles tinham salário e contrato de trabalho, mas faziam muitas dívidas com o dono da fazenda, que vendia comida, tecidos e outras coisas para eles, no fim sobrava tão pouco ou quase nada do salário e eles não podiam sair dali. Ainda assim, era melhor que a vida dos escravos que viviam nas senzalas. Não dá para acreditar que as pessoas sobreviviam ali, como a monitora nos disse não era uma casa, era um cativeiro; não tinha uma janela e sim um respiradouro.”

Já o aluno Thiago Andrés Lopes Arriagada, do 5º C, observou a contribuição dos imigrantes italianos no desenvolvimento de máquinas que auxiliavam na produção do café, “na fazenda, tem muitas máquinas antigas, os italianos já conheciam mais de agricultura e inventaram máquinas para separar, limpar e moer o café.”

Para a professora Deborah Cristina Navarro Ferrari, do 5º A, um dos objetivos da saída é que os alunos imaginem o cotidiano dessas fazendas a partir da observação in loco e consigam traçar paralelos sobre os meios de produção e a mudança da mão de obra escrava para a assalariada, “os alunos conseguem perceber as mudanças quando comparam os tipos de moradia e condições em que os escravos e depois os imigrantes viviam e também em função das explanações dos monitores.”


Fotos: Professoras do 5º ano do Ensino Fundamental

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Para saber mais:
http://www.fnsc.com.br/index.html
*http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php/index.php?tipo=ler&mat=40384&historia-do-cafe-no-brasil-.html