CERVANTES SOLIDÁRIO
Saídas Pedagógicas
Por: Ana Paula Gama de Oliveira | 15 de julho de 2024.
No mês de junho, os alunos do Cervantes Solidário com 10 anos ou mais puderam conhecer um pouco mais sobre a Avenida Paulista e seu entorno. A proposta intenciona levar elementos culturais, ambientais, sociais e de cidadania.
No dia 11 de junho, os alunos participantes das modalidades basquete e vôlei da EMEF Professor Alípio Côrrea Neto visitaram o Parque Trianon, o vão livre do MASP, o Itaú Cultural, o SESC Paulista e a Casa das Rosas. Além disso, eles fizeram um lanche bem gostoso no Shopping Pátio Paulista e puderam conhecer algumas obras de arte, como as da exposição Novo Poder: passabilidade, do artista Maxwell Alexandre. A exposição conta com mais de 50 obras, pintadas a tinta óleo sobre papel pardo, e chama a atenção do público para a ocupação de espaços como museus e galerias, ambientes que eram hostis a pessoas melanizadas, fazendo assim o cruzamento entre moda e arte contemporânea, denotando os dois campos como plataformas de empoderamento, que oferecem dignidade e autoestima para o indivíduo.
Os alunos visitaram também a Casa das Rosas, uma mansão histórica na Avenida Paulista com um amplo jardim, projetada por Ramos de Azevedo para sua família, e que, na década de 1930, foi muito frequentada pelos barões do café. Posteriormente a residência foi transformada em espaço cultural pelo governo do Estado, contando com diversas atividades culturais, como oficinas de criação e crítica literária, palestras, ciclos de debates, lançamentos de livros, apresentações musicais, exposições ligadas à literatura, entre outras.
Houve também uma visita ao mirante do SESC Paulista, onde os estudantes puderam ver a Avenida Paulista de um ângulo privilegiado, tirar fotos e fazer filmagens da cidade, além de interagir com outros visitantes no espaço.
No Itaú Cultural, visitaram a obra da fotógrafa e ativista Claudia Andujar, em exposição nesse espaço. A artista, que vivenciou os horrores da guerra sobre a própria família, escolheu o Brasil para viver, iniciando aqui sua sólida trajetória na fotografia ao trabalhar, entre as décadas de 1960 e 1970, na revista Realidade, tendo contato direto com a Amazônia e os indígenas, em especial com o povo Yanomami, central na sua obra.
Eles também receberam orientações sobre cidadania e ocupação de espaços públicos, possibilitando um processo de reflexão em relação ao respeito, às igualdades e desigualdades, ao reconhecimento de recursos empregados nas atividades, ao saber o momento de ouvir e de falar, ao cuidar uns dos outros, entre outras importantes questões.
Já no dia 18 de junho, foi a vez do CCA Santa Mônica visitar os mesmos locais e receber as mesmas orientações. No entanto, os alunos do Santa Mônica fizeram um pedido especial: ir de metrô, porque muitos, embora estudem ou participem do projeto pertinho da estação São Paulo-Morumbi, nunca tinham tido a experiência de passear e andar de metrô. Essa foi uma excelente oportunidade para conhecer a estação, o trem, as estações percorridas e o movimento de uma manhã rotineira na vida dos trabalhadores. Dessa forma, todos os ensinamentos relacionados à cidadania foram ampliados, praticados e vivenciados, numa forma de preparação para a vida.
No próximo semestre, essas oportunidades serão expandidas aos alunos das outras organizações. Além disso, estamos preparando uma saída especial aos pequenos.