Recital comemora o respeito ao próximo e a boa convivência
Alinhado aos trabalhos multidisciplinares desenvolvidos ao longo de 2015, evento traz ao palco poemas e músicas que falam de valores e aceitação das diferenças

Por: Tatiana Maria de Paula Silva |10 de dezembro de 2015.

O Recital é uma mostra, um pequeno desfecho, comparado à grandiosidade dos trabalhos realizados pelos professores e alunos ao longo do 1º ano do Ensino Fundamental, em diversas áreas. O evento começa muito antes dos preparativos. Da escolha do tema ao repertório, a participação ativa das crianças dá à apresentação um colorido especial e uma atmosfera que tem a carinha dos protagonistas: nossos queridos alunos do 1º ano.

O envolvimento das crianças se deu em toda a concepção. Por intermédio de votação na plataforma moodle, eles elegeram as músicas e poemas apropriados ao tema e aprendidos em sala de aula. Pelo Colégio, fizeram emocionantes serenatas para a entrega dos convites e demonstraram, no Recital, toda a empolgação ao cantar e recitar músicas e poemas que eles sabem de cor, justificando a origem da expressão “saber de cor”. Cor, em latim, quer dizer “coração”. É como saber sem precisar usar a cabeça, um saber que vem do coração; o conhecimento sai sem esforço ou, como na tradução em inglês, to know by heart, exatamente com as mesmas palavras e o mesmo sentido.

Segundo as professoras, o Recital deste ano faz parte do planejamento de identidade e autonomia em um tema transversal que envolve todas as disciplinas com diversos trabalhos relacionados aos valores, às diferenças entre as pessoas, ao respeito à diversidade e ao cuidado com o planeta.

Para iniciar o evento, a orientadora pedagógica, Denise Maria Milan Tonello, deu as boas-vindas aos pais e agradeceu a parceria realizada durante o ano, relembrando o desafio constante de pais e professores em educar os pequenos para o respeito e a tolerância. “O Recital de 2015, assim como em todos os anos, celebra as aprendizagens que as crianças conquistaram nessa primeira etapa da escolaridade e, principalmente, a descoberta de poder expressar-se por meio da escrita. Nessa nossa relação de parceria com as famílias, além de todo o conhecimento, vem o árduo trabalho de formiguinha de muita gente buscando cultivar bons valores, tanto no exercício da tolerância e da liberdade de princípios democráticos de convivência quanto na formação da cooperação e da solidariedade”.

Posicionados no palco, os alunos encontraram a caixa da convivência e, ao abri-la, foram surpreendidos com a aparição do personagem Filipito. Em uma missão especial, ele estava há 15 dias desaparecida das aulas do professor Felipe e voltou para participar do Recital. A animação do boneco, produzida pela integrante da equipe de tecnologia educacional Grace Kelly Gonçalves em diálogo com a professora Cassia Paula Fernandes Bernardino, de Música, parabenizou alunos e alunas por todas as boas coisas que eles depositaram na caixa de convivência durante o ano e levou suas contribuições: respeitar e ajudar as pessoas, nunca desistir e cuidar do planeta.

O repertório das apresentações teve músicas em português, espanhol e inglês e contou com as participações especiais de Riccardo Antônio Pizzamiglio, pai do aluno Antonio Rosa Borgues Pizzamiglio, do 1º B, no ukelelê, em uma interpretação de Somewhere over de rainbow, e da aluna do 3º ano do Ensino Médio, Ana Carolina Cavalini, no vocal da canção What makes you beautiful.
Ao final, foi apresentada uma homenagem de despedida para o professor de Espanhol Manuel Rincón Sierra e para a chefe de estudos Teresa Yañez Rubiero, que retornam à Espanha este ano.



Fotos: Rafael Vieira


A caixa de convivência

No início do ano, por sugestão da aluna Maria Klingelfus Ganme, a professora de Música, Cássia Bernardino, instituiu em suas aulas a caixa de convivência. Durante o ano, os alunos escreviam e colocavam nela momentos bons e ruins resultantes das relações com os colegas.

A atividade otimizou a reflexão sobre as ações cotidianas, que motivaram a escolha do repertório e dos trabalhos para o Recital. “Foi a ideia de uma aluna, surgida de uma circunstância da aula, que depois fomos aprimorando e trabalhando em conjunto com o projeto The Earth Book (de Inglês), com o projeto Filipito, do professor Felipe Máximo de Carvalho (de Educação Física), e também nas aulas das professoras Marinês Marques e Lilia Sabença de Oliveira , além das demais áreas, que reforçam as boas atitudes nas relações com as pessoas e com o mundo”, explica Cássia.

Princípios como paciência, respeito à natureza e conservação do bom humor foram alguns dos que apareceram nas ações mencionadas pelos alunos na caixa de convivência e que surgiram no Recital, como no poema de Vinicius Castro, Ser diferente é normal, ou nas músicas Normal é ser diferente, de Jair de Oliveira, La risa de las vocales, de Thalía, e Depende de nós, de Ivan Lins.

Ao final do 1º semestre, os alunos abriram a caixa e contabilizaram os números de eventos ruins e bons que estavam registrados e sugeriram uma meta para o próximo semestre, o que alcançaram com alegria.

Onde está o Filipito?

Respeitar e ajudar as pessoas, nunca desistir e cuidar do planeta, essas são as regras do Aventureiro Especial, personagem proposto pelo Projeto Filipito de 2015: Seja um Aventureiro Especial e Faça a Diferença. O trabalho foi desenvolvido pelo professor Felipe Máximo, de Psicomotricidade e Educação Física da Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental.

Por intermédio do boneco Filipito, o professor estimula a reflexão e o diálogo para desenvolver a participação, autoconfiança, respeito às regras e aos colegas, valorizando a boa convivência social e apresentando conceitos de sustentabilidade.

“As crianças, durante todo o ano, praticaram diferentes ações na bus