ENSINO FUNDAMENTAL II

Saída para o Parque Ibirapuera

No dia 12 de setembro, os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental visitaram o Parque Ibirapuera e o Museu Afro Brasil

Por: Tatiana Maria de P. S. Fardo | 12 de setembro de 2024.
Editado por: Lais Olivato

A visita ao Museu Afro Brasil, orientada pelas professoras Lais Olivato (História) e Renara Toscani (Artes), permitiu aos alunos explorarem a exposição permanente. Ela abrange obras produzidas entre o século XVIII e os dias atuais, retratando a diversidade dos universos culturais africanos e afro-brasileiros. O objetivo da visita foi ampliar a compreensão dos alunos sobre o papel dos povos africanos na formação da sociedade brasileira. No roteiro, os alunos entraram em contato com os núcleos “O Sagrado e o Profano”, sobre as religiões afro-brasileiras, “História e Memória”, “Trabalho e Escravidão” e “Arte Contemporânea Africana”.
Dentre as diversas atividades realizadas, destacou-se a sensibilização proposta pela visita à réplica de um navio negreiro, acompanhada pelos relatos sobre o tráfico de pessoas escravizadas, que durou 400 anos no Brasil. A reflexão, proposta pela professora Laís Olivato, foi a continuação do trabalho iniciado em sala de aula com a leitura de um trecho do livro Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves e do poema O navio, de Grada Kilomba. Parte integrante do núcleo “Trabalho e escravidão”, a exposição também aborda as regiões da África de onde os escravizados vieram e de que forma suas diferentes culturas se integraram ao Brasil.

No núcleo “História e Memória”, os estudantes refletiram sobre a importância da preservação da memória dos africanos escravizados por meio da instalação Árvore do esquecimento, do artista Tiago Gualberto. A obra, composta por lâmpadas apagadas com fotografias de pessoas pretas, trouxe reflexões importantes sobre o processo de apagamento das narrativas concernentes à escravização no Brasil. O estudo da História foi apontado, pelos próprios alunos, como um meio de “acender” ou “dar luz” a esses personagens.

Os estudantes também se detiveram na análise das obras de Rubem Valentim, conteúdo que será utilizado como sensibilização para trabalhos na disciplina de Geometria, ministrada pela professora Simone de Pontes Degam. Valentim** é um artista baiano conhecido por sua “Riscadura Brasileira”, que utiliza cores vibrantes inspiradas em festas afro-cristãs e indígenas, bem como no candomblé e na umbanda. Sua arte ressignifica elementos como máscaras e ferramentas dos orixás, criando uma linguagem estética e simbólica. Suas obras são reconhecidas por serem inovadoras e universais, combinando signos geométricos e religiosos.
Além da visita ao museu, os alunos participaram de atividades interativas e educacionais. A proposta, coordenada pelos professores Carlos Eduardo Fontolan e Rafael Silva de Melo, incluiu uma dinâmica com palavras de origens africanas e indígenas, além de outros jogos cooperativos.

A saída pedagógica ofereceu aos alunos uma experiência de aprendizado multidisciplinar que envolveu Ciências Humanas, Arte, Matemática e Educação Física. A vivência no parque e no museu não só proporcionou uma compreensão mais profunda dos temas estudados, mas também viabilizou momentos de integração e conexão com a natureza, reforçando o valor do Parque Ibirapuera como patrimônio cultural e ambiental da cidade de São Paulo.

*Fonte: http://www.museuafrobrasil.org.br/programacao-cultural/exposicoes/longa-duracao

**Fonte:
https://www.cultura.sp.gov.br/museu-afro-brasil-emanoel-araujo-inaugura-exposicao-singular-plural-rubem-valentim-com-recursos-de-acessibilidade/
Acesso em 9 de setembro de 2024.