O Colégio Miguel de Cervantes parabeniza a todos os aprovados no Vestibular 2015

Destaque Cervantino: Diego Itaboraí

Por: Tatiana Maria de Paula Silva | 24 de fevereiro de 2015.

Diego Barros Itaboraí foi um dos ex-alunos convidados para o encontro com o 3º ano do Ensino Médio. Aluno do Colégio Miguel de Cervantes desde a Educação Infantil, sempre demonstrou interesse pelos estudos e participava da maioria das atividades propostas pelo Colégio.

Após o encontro dos calouros com os alunos conversei com ele sobre colégio, vestibular e carreira:

Como foi a sua trajetória no Colégio Miguel de Cervantes?
Em relação ao pedagógico nunca tive problemas e sempre foi tudo muito tranquilo. Nas relações sociais tive que enfrentar alguns desafios, como a timidez e o relacionamento com outros alunos. O social às vezes interfere no pedagógico, pois um círculo pequeno de amigos e a pouca convivência restringe os grupos de estudos. Quanto mais diversifica os grupos com os quais trabalha, mais você aprende e consequentemente obtém melhores resultados. Percebi isso principalmente no Ensino Médio, quando por conta da maturidade ampliei bastante o círculo de amizades.

Os momentos mais marcantes no Colégio foram: o 6º ano, quando acontece o Projeto Passagem1, pois a transição a este novo ciclo escolar é mesmo uma “passagem” e para mim especialmente foi o momento em que me encontrei com a matemática; o 8º ano onde, acredito, os conteúdos são mais aprofundados e quando comecei a perceber que estava mais próximo do Ensino Médio; os três anos do Ensino Médio, quando me senti mais perto da vida adulta.

Quando você decidiu a carreira que queria seguir? Você teve algum tipo de orientação profissional?
Fiz a orientação profissional oferecida pelo Colégio2. Acredito que se não fosse por ela eu não teria escolhido Matemática e com certeza não seria feliz. Eu me decidi pela Matemática somente no final do 2º ano do Ensino Médio. Antes disso pensei, além de Matemática, em muitas possibilidades de carreira, inclusive Medicina e Biotecnologia. Sempre me identifiquei com Matemática, porque entender a lógica das coisas me fascinava. Desperta muito meu interesse gerar suposições, problemas, e brincar com eles. Com o passar do tempo, por conta da facilidade que tinha com o conteúdo, meus colegas me procuravam para tirar dúvidas e pedir explicações. Comecei a perceber que também gosto muito de ensinar. Foi quando decidi fazer matemática e ser professor.

Em sua opinião quais fatores dependem do aluno para passar no vestibular?
Nas provas de humanas é necessário que o aluno já tenha há algum tempo a rotina de se informar, estar atento ao que acontece, ler jornais, revistas, internet, saber como buscar as informações, pois é necessário argumentar bem e opinar sobre temas variados. Elaborar uma redação para mim é quase uma prova de “exatas”: existe uma técnica, tem muito de lógica, mas é preciso saber o que dizer sobre o tema proposto e isso só quem está atento aos fatos recentes pode fazer.

Nas provas de exatas normalmente é importante saber bem os conteúdos, estudar e entender, porque os exercícios são elaborados para testar se você domina as disciplinas cobradas.

Na hora das provas outro fator muito mencionado por meus colegas, com o qual eu também concordo, é a calma. Tranquilidade para fazer o vestibular é fundamental. Muita gente sabe o conteúdo, mas esbarra no nervosismo e põe tudo a perder.

Em sua opinião o que depende da escola para que o aluno possa passar no vestibular?
A escola contribui oferecendo opções aos alunos, cursinho ou aulas de revisão para o vestibular3, reforço, plantão de dúvidas, e tudo isso contribui. As dicas dos professores são muito importantes e ajudam bastante na hora do vestibular. Mas penso também que o papel da escola não é só ficar no vestibular.

Atividades culturais como a Pauliceia Desvairada4 – que tem simultaneamente um pé no lazer e no cultural – são importantes porque representam um momento de interação e descontração, mas com base acadêmica. O aluno vai para uma exposição, ou peça de teatro, mas tem com quem trocar e compartilhar as descobertas feitas naquele momento.

Nas férias, por exemplo, me reuni com alguns alunos e professores para visitar a exposição Ron Mueck na Pinacoteca. Se eu tivesse ido apenas com alguns amigos ia pensar “nossa, que legal, hiper-realista, etc.”, mas seria somente isto. Quando fui com meu professor de literatura acabei por ter uma discussão sobre todas as nuances e sentimentos que a obra transmite. Por mais que tenha sido um programa de férias sem ligação com a escola, ainda assim, eu estava aprendendo.

Acho importante a escola valorizar a diversidade de saberes, pois os conhecimentos gerais são importantes diferenciais culturais na formação de um aluno, independentemente da carreira que ele irá seguir.


Fotos: Silvio Luiz Canella

“O tempo vivido na escola marcou. Até agora, essa foi a única vida que eu conheci. Terminar foi difícil pelo que estou deixando para trás: amigos que talvez eu não vá mais rever. Mas eu sou adepto a não chorar pelo que passou e sim sorrir pelo que aconteceu.”

Saiba mais:
1 Projeto Passagem – https://www.cmc.com.br/default.asp?PaginaId=9999
2 Orientação Profissional – https://www.cmc.com.br/default.asp?PaginaId=9004
3 Revisão para vestibular –https://www.cmc.com.br/default.asp?PaginaId=8852
4 Pauliceia Desvairada – https://www.cmc.com.br/default.asp?PaginaId=8856