INSTITUCIONAL
II Jornada Literária Inclusiva – livros acessíveis e tecnologia assistiva
Evento promoveu atividades especiais para os alunos e encontros abertos aos educadores e famílias
Por: Tatiana Maria de Paula Silva | setembro de 2021.
A II Jornada Literária e Inclusiva, idealizada e organizada pela equipe da Biblioteca do Colégio Miguel de Cervantes nos dias 21 e 22 de setembro, contou com uma programação voltada especialmente aos nossos alunos, a qual incluiu contações de história, oficinas e palestras. Além disso, dois encontros abertos no YouTube reuniram autores e especialistas no tema.
No dia 21, os alunos da Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental assistiram à contação da história O rei careca. Com uma interpretação impecável do autor, arte-educador e ator Thiago Franco, a história tem por objetivo sensibilizar os alunos para o tema da diversidade. Já os alunos do 2º e 3º anos do Ensino Fundamental participaram da oficina sobre libras Mãos que falam, com Filipe Macedo.
No período da tarde, o Ensino Médio e os alunos do Projeto Lo normal es ser diferente participaram do bate-papo com Alex Duarte, idealizador e gestor do Projeto Cromossomo 21, e Fernanda Machado, autora ganhadora do Prêmio Literatura e Inovação.
À noite, na live realizada no canal do YouTube do Colégio, o evento foi a roda de conversa Se ver nas páginas, que contou com a participação de autores de obras inclusivas. Para dar as boas-vindas a todos, o diretor-geral do Colégio, Jorge Berné, ressaltou a importância do evento, que foi iniciado em 2020 com o objetivo de sensibilizar a toda a comunidade sobre o amplo conceito de diversidade e demonstrar que todas as equipes e professores convivem, trabalham e educam em relação aos conceitos de diversidade, comunicação, crescimento e aproximação. Ele destacou que se pretende, a cada ano, dar uma ênfase a algum dos temas relacionados à diversidade. “Hoje, dia nacional pela luta da pessoa com deficiência, vamos valorizar a luta de todas essas pessoas e nosso compromisso, como Colégio, na construção de um mundo mais aberto, mais sensível e melhor”, conclui Jorge.
Estiveram no evento os autores Manuel Filho e Thaissa Alvarenga, tratando da obra Um livro, crianças e muitas histórias; Roberta Asse, ilustradora do livro acessível Jota e Chico, do projeto Turma do Jiló; Kely de Castro, atriz, pesquisadora, arte-educadora, contadora de histórias e autora do livro Serei sereia?; Fernando Mello, músico e autor do livro Ceci: uma história para ouvir; e Henri Zylberstajn, fundador do Instituto Serendipidade e autor do livro Joca e Dado.
No segundo dia, a Jornada Literária Inclusiva trouxe a reflexão sobre o respeito às diferenças. Houve o encontro da escritora Kely de Castro, sobre o livro Serei sereia?, com os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, contando também com a participação do professor André Marques, do Colégio. Todos foram sensibilizados sobre o tema da empatia. A atriz trouxe a boneca Inaê, personagem do livro, para, de forma lúdica, aproximar os alunos do universo da história. Os alunos do 9º ano participaram de um encontro incrível sobre livros acessíveis e linguagem de sinais, os quais foram apresentados pela ONG Mais diferenças por meio da leitura da obra Um sonho no caroço do abacate. Os alunos interagiram e perguntaram muito.
O encontro aberto no YouTube foi sobre tecnologias assistivas. Para dar as boas-vindas, o diretor de ensino, Moisés Domingues, agradeceu a presença de todos e destacou todas as atividades da Jornada. Ele explicou a todos que a intenção e o empenho por trás desse evento se devem ao fato de nós acreditarmos que, além de os valores de nossa formação serem inclusivos e integradores, nós queremos também treinar, praticar e apresentar aos nossos alunos e comunidade não só a literatura inclusiva, mas a concepção de que a humanidade é diversa.
A roda de conversa da noite foi com Rafaella Franciscatto, sobre o app Hand talk; Leonora Novaes, CEO da Turma do Jiló; Carlos Pereira, fundador da Livox; e Karin Arriagada, membro da equipe de Tecnologia Educacional do Colégio Miguel de Cervantes, que versou sobre o uso da tecnologia assistiva.
Ao final, a bibliotecária Rosana Francioli, organizadora do evento, agradeceu a todos os convidados dessa edição, cujo objetivo é fomentar a reflexão e a discussão sobre a literatura como forma de promover a diversidade e a inclusão.
De 20 a 27 de setembro, durante as aulas de arte, os alunos visitarão a exposição Colorindo a vida por meio da arte, do artista Augusto Mangussi, um jovem com mais de 200 obras e sete exposições, duas delas nos Estados Unidos, que encontrou na arte uma maneira de superar as limitações do autismo.
Assista aos encontros abertos em: